
Como 2.800 participantes do Birthright foram evacuados com segurança por mar durante a guerra.
Conheça o homem por trás da missão: Nimrod Ran, COO da Taglit
Em junho, com o aumento da tensão em Israel, a Taglit Birthright Israel evacuou rapidamente 2.800 participantes. À frente da operação estava Nimrod Ran, COO da Taglit. Nesta entrevista exclusiva, Nimrod nos mostra os bastidores dessas evacuações marítimas históricas, explica como a Taglit se reergueu e compartilha sua visão para o futuro.
Nimrod iniciou sua carreira militar como comandante do 12º Batalhão da Golani, liderou a Brigada Bislamach e foi oficial de ligação com o TRADOC do Exército dos EUA. Após o serviço militar, ele atuou como consultor de guerra urbana na Rafael e tornou-se CEO de Lod. Desde 2008, ocupa a posição de COO da Taglit, comandando sua liderança operacional por mais de 15 anos.
Como COO, Nimrod supervisiona as operações diárias da Taglit – voos, ônibus, acomodações, logística e infraestrutura educacional – garantindo viagens seguras e bem coordenadas para dezenas de milhares de participantes todos os anos.
Uma temporada como nenhuma outra: guerra e resposta da Taglit
“Desde os terríveis eventos de 7 de outubro, nossa prioridade máxima tem sido a segurança dos participantes”, compartilha Nimrod.
Em outubro de 2023, como resposta à guerra, a Taglit realocou 2.000 israelenses deslocados e lançou um programa de voluntariado que mobilizou 4.000 pessoas em 2023. Em janeiro de 2024, todos os programas foram retomados, com a condição: todas acomodações devem incluir acesso a um abrigo antiaéreo.
Quando o céu se fechou: a crise começou
Em 5 de maio de 2025, um míssil do Iêmen atingiu o Aeroporto Ben Gurion e várias companhias suspenderam voos para Israel. “Tivemos que agir rápido para encontrar soluções alternativas”, lembra Nimrod. “Felizmente, todos chegaram — mesmo por meio da Etiópia.”
Na madrugada de 13 de junho, às 3h, Nimrod mandou mensagem para a sede:
“Desta vez a situação é diferente. Precisamos reorganizar, reagrupar e redesenhar.”
A Taglit aplicou seus quatro princípios de crise:
- 1. Segurança dos participantes
- 2. Bem-estar
- 3. Evacuação
- 4. Experiência significativa
Primeiro, realocaram todos os grupos para áreas mais seguras como Eilat e o Mar Morto, providenciando hospedagem, alimentação, suporte médico/psicológico e acesso à internet. Em seguida, iniciou-se o plano impossível: evacuar por mar.
Mar em vez de ar: a evacuação marítima em ação
Com rotas aéreas e terrestres fechadas, Nimrod virá-lo olhar ao mar.
“Todos disseram que era impossível. Mas eu sabia do que a Taglit era capaz.”
Ele contatou a Manu Cruises, o Ministério dos Transportes, o Comando da Retaguarda e o Gabinete do Primeiro-Ministro. Elizabeth Sokolsky, da Birthright Norte-Americana, conectou-os ao governador da Flórida, Ron DeSantis, que garantiu 4 jatos charter para participantes americanos.
- 15 de junho: autorização para evacuação marítima recebida
- 16 de junho: primeiro navio parte de Ashdod rumo a Lárnaca
- 20 de junho: navio de cruzeiro parte com 1.300 passageiros para Limassol
Educação sob fogo: o aprendizado continua
Enquanto aguardavam os navios, os grupos da Taglit participaram de atividades educacionais.
“Este é o nosso quarto princípio”, explica Nimrod. “Mesmo sob fogo, a missão continua.”
Discussões sobre resiliência judaica, música e contação de histórias com educadores locais mantiveram o propósito central — mesmo no caos.
Caos em Chipre: plano B em tempo real
“Foi um caos!”, afirma Nimrod.
Os planos em Lárnaca desmoronaram: hotéis lotados e voos charter cancelados. De quatro aviões prometidos, apenas um pousou — e retornou imediatamente. Milhares de israelenses também chegaram a Chipre.
“Operamos em duas frentes… e tínhamos que garantir que ninguém ficasse para trás.”
A Taglit levou os participantes à Casa Chabad local e, de volta a Israel, carregava o segundo navio.
Valores em ação: o que torna a Taglit única
Apesar dos obstáculos, Nimrod e o CEO Gidi Mark mostraram foco, determinação e valores em ação.
Foi uma operação com propósito – tanto logística quanto moral – para proteger, educar e inspirar.
“A Taglit está profundamente comprometida com a segurança dos participantes”, diz Nimrod.
“Por isso construímos uma infraestrutura profissional que permitiu a evacuação e o retorno seguro de quem foi deslocado.”
Assista à cobertura: Operação Rising Lion na mídia
The Wall Street Journal – With Israel’s Major Airport Shut Down, Citizens, Tourists Stuck, Scramble to Get Home
The Times of Israel – Birthright evacuates 1,500 participants to Cyprus via cruise ship
CBS News – American students, tour groups in Israel waiting to evacuate amid missile strikes from Iran
eJewish Philanthropy – Birthright evacuates 1,500 participants stuck in Israel due to ongoing conflict on a luxury cruise ship
Após a tempestade: retorno e retomada dos programas
Com o cessar-fogo, no 6 de julho, os participantes retornaram a Israel.
Cerca de 15.600 jovens adultos devem participar nesta temporada.
Programas Classic, Onward e Excel foram reposicionados para atender a nova realidade. Com subsídios, remarcações flexíveis e novos formatos, ninguém fica para trás.
Ajude-nos a continuar: por que seu apoio importa
A Operação Rising Lion exigiu recursos significativos.
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