Na última semana de julho, tive o privilégio de estar em Israel juntamente com mais de 2.000 participantes do Taglit, doadores e colaboradores de todo o mundo, além dos mifgashim (soldados que participam do programa com nossos jovens) e da incrível equipe de Israel para o Mega Evento do Taglit Birthright.Estar em Israel no meio de uma guerra multifrentes, com ataques do Hamas ao sul, Hezbollah ao norte, Houthis, iraquianos e até do Irã, atacando diariamente de todos os lados, é uma experiência única. Agora, imagine o que seria do Estado Judeu sem suas múltiplas defesas.

Quem não conhece Israel pensa que isso é uma loucura! Viajar para Israel, em plena guerra, parece insano. Familiares e amigos dos participantes têm essa preocupação muito compreensível, mas a verdade é que a probabilidade de uma pessoa morrer na rua em Israel, mesmo em guerra, é bem menor do que no Brasil. Além disso, a equipe de segurança do Taglit é de altíssimo nível, a proximidade com as forças de segurança é enorme e todas as medidas necessárias foram devidamente tomadas. Por exemplo, o Taglit é conhecido por levar os participantes às franjas do país, mostrando lugares maravilhosos e enriquecedores que muitas outras organizações não visitam. É uma forma de mostrar a diversidade de Israel e ao mesmo tempo fortalecer as comunidades mais afastadas e as atrações pouco frequentadas, por puro desconhecimento. Mas neste momento, por segurança, os passeios e visitas estão limitados mais ao centro do país, onde a situação é muito mais calma.

Voltando ao Mega Evento, estiveram presentes jovens que vieram para a viagem clássica de 10 dias, jovens que vieram se voluntariar por duas ou quatro semanas, jovens do Excel (programa de formação de lideranças comunitárias de altíssimo nível), jovens soldados e soldadas que acompanham nossos participantes nos ônibus por vários dias (quebrando barreiras, preconceitos e pré-conceitos), além, é claro, das centenas de colaboradores e doadores de todo o mundo, reunidos para mostrar apoio à população deste pequeno país tão atacado e difamado. Vieram homenagear os milhares de israelenses que tiveram suas vidas brutalmente afetadas, com muitas centenas de vidas inocentes covardemente encerradas, inclusive veteranos e colaboradores do Taglit.

Vieram também para celebrar a vida, dançar, cantar, se emocionar e mostrar para tantos que nos odeiam no mundo todo que, apesar de tanto sofrimento que nos infligem, tanto em Israel como na diáspora, somos mais fortes, mais unidos e estamos aqui para ficar!

Essa é a magia do Taglit Birthright Israel, a pleno vapor, uma das únicas (se não a única) organizações que continua oferecendo a oportunidade de uma viagem de imersão na terra dos nossos ancestrais, no nosso lar milenar que, a muito custo, conseguimos finalmente tornar independente depois de mais de 2.000 anos de perseguições, expulsões e mortes em absolutamente todas as partes do nosso planeta.

Essa mágica só é possível graças às generosas contribuições dos nossos fiéis e queridos “investidores”, pois as colaborações para o Taglit não são meras doações; são literalmente um investimento no fortalecimento das nossas comunidades em mais de 60 países.

São investimentos com ganhos múltiplos: ganham os participantes, suas famílias, suas comunidades e, claro, o Estado de Israel, que além do óbvio ganho com as viagens e seus participantes que se alimentam, passeiam, se hospedam, usam transporte, contratam educadores, segurança, etc., também fazem compras e consomem, movimentando a economia enormemente, ainda mais neste momento tão sensível para Israel.

A realidade que os números comprovam através de constantes pesquisas e acompanhamento da Universidade Brandeis nos EUA é que, com o Taglit, Israel ganha verdadeiros embaixadores: jovens que voltam para seus países com uma carga emocional enorme, com um sentimento de pertencimento ímpar, com muito conhecimento, aprendizado e vivência prática, in loco.

Isso é o Taglit Birthright Israel, o maior programa educacional das comunidades judaicas, que há 24 anos transforma gerações de jovens, muitas vezes afastados e até assimilados, em judeus ativos, perpetuando suas tradições (le dor va dor), participativos, voluntários e doadores em suas comunidades em todo o mundo.

Am Israel Chai!

Author – Ariel Krok